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terça-feira, 27 de abril de 2010

Atropelar gato pode dar multa

Por décadas tem sido considerado crime no Estado de Nova York atropelar uma vaca, um cavalo ou um cão e fugir sem tentar localizar o dono ou ao menos notificar a polícia local. No caso dos gatos, não havia problema. Mas agora aprovou-se uma lei que inclui o gato. Conhecido como o projeto do “Gato Achatado”, essa lei torna crime fugir depois de ter atropelado um gato, sem pelo menos comunicar o ocorrido à polícia. Deixar de fazer isso pode resultar numa multa de 100 dólares “por omissão de socorro” ao gato. “Para os amantes de gatos, trata-se duma brilhante perspectiva do fim de um tipo de discriminação contra uma espécie”, comentou o jornal The New York Times.

Bicho de estimação ou de destruição?

Desde o tempo do Egito antigo, o gato é um bicho de estimação muito comum. Na Austrália, 37% dos lares têm pelo menos um gato. Muitos não são castrados e filhotes indesejados são jogados em áreas descampadas da localidade, onde crescem, procriam e aumentam a população de gatos selvagens.
Para prevenir que seu animal de estimação se torne uma praga ambiental, o Serviço de Vida Selvagem e de Parques Nacionais na Austrália recomenda o seguinte: não deixe seu gato solto, especialmente à noite; dê alimentação adequada; identifique-o com uma coleira, etiqueta ou implante de microchip; coloque três sinetas na coleira a fim de alertar os animais selvagens; castre-o; e construa uma cerca em seu quintal para impedir que o gato fuja.
Colocar essas sugestões em prática custa tempo e dinheiro, mas para os australianos que gostam de gatos, vale a pena.

Colonizadores extremamente adaptáveis

Os gatos selvagens reproduzem-se muito rápido. Uma fêmea dá à luz uma ninhada de até sete gatinhos antes de completar um ano de idade. Daí, ela passa a ter até três ninhadas por ano, cada uma composta de quatro a sete filhotes. Ela continua fértil durante toda sua vida, que pode durar de sete a oito anos. Se uma fêmea tiver anualmente apenas três filhotes fêmeas e três machos, e se acontecer o mesmo com suas crias fêmeas, dentro de sete anos aquele único indivíduo terá dado origem a milhares de descendentes.
Para sobreviver ao clima árido da Austrália, porém, é necessário mais do que uma boa capacidade reprodutiva. Os gatos caçam à tarde quando está mais fresco, ou cedo de manhã. Evitam o calor do dia dormindo em troncos ocos ou em tocas de coelho. Além disso, os gatos selvagens conquistaram até o deserto mais seco, visto que não precisam beber água para sobreviver. Eles obtêm o líquido de que precisam da carne fresca dos animais que caçam.
Os gatos selvagens também são muito flexíveis em sua alimentação. Embora prefiram coelhos, o Serviço de Vida Selvagem e de Parques Nacionais da Nova Gales do Sul declara: “Os gatos matam e comem mais de 100 espécies de aves nativas da Austrália, 50 espécies de mamíferos e marsupiais, 50 espécies de répteis e muitas outras de rãs e invertebrados.” E eles têm apetite voraz. Um gato macho pode comer todos os dias entre 5% e 8% de seu peso corporal. Se estiver amamentando filhotes, a fêmea pode consumir diariamente até 20% de seu peso. Numa ilha isolada, somente 375 gatos selvagens consumiram 56.000 coelhos e 58.000 aves marinhas em apenas um ano.
A maioria dos animais nativos da Austrália não é páreo para o gato selvagem. Segundo a revista Ecos, especializada em meio ambiente, acredita-se que devido à caça predatória, os gatos selvagens sejam responsáveis pelo “pouco sucesso do programa de reintegração de mamíferos ameaçados de extinção nas regiões áridas da Austrália”.

O que é um gato selvagem?

O gato selvagem australiano é semelhante ao gato doméstico por causa de seus ancestrais. A pelagem de ambos tem as mesmas cores, ou seja, preta, branca, cinza e arruivada, além dos mesmos padrões: manchado, unicolor ou listrado. No entanto, os gatos selvagens, em comparação com seus familiares domésticos, tendem a desenvolver mais músculos na região do pescoço e espáduas. Os machos pesam de três a seis quilos, e as fêmeas, de dois a quatro quilos. Os gatos domésticos são muito dependentes de humanos, ao passo que os selvagens são completamente auto-suficientes e avessos ao contato com humanos.
Os ancestrais desses gatos selvagens acompanharam os primeiros colonos europeus à Austrália e, durante o século 19, se espalharam pelo continente. Muitos fugiram para regiões agrestes, já outros foram soltos deliberadamente na década de 1880 num esforço de coibir a praga de coelhos que estava destruindo as pastagens. Os gatos logo se adaptaram ao seu novo habitat e se tornaram a espécie mais difundida entre as introduzidas na Austrália. Hoje, os gatos selvagens podem ser encontrados em cada canto da Austrália, incluindo muitas das ilhas mais afastadas do litoral.

Quando gatos tornam-se selvagens

DO REDATOR DE DESPERTAI! NA AUSTRÁLIA
MOVENDO-SE lentamente, com a cabeça baixa e os olhos fixos, o predador aproxima-se de sua caça. Ele pausa por um momento, juntando as pernas em posição de ataque. Os músculos começam a tremer embaixo da pelagem amarelo-ouro. Então, como uma flecha atirada de um potente arco de caça, o predador se arremessa em direção à sua assustada presa. Com um movimento rápido da pata cheia de garras, o felino captura sua vítima e a imobiliza no chão.
O cenário dessa batalha entre a vida e a morte não é a África, e sim a Austrália. O animal ligeiro não é o poderoso leão, mas o minúsculo felino conhecido como gato selvagem. Estima-se que na Austrália haja uma população de 12 milhões de gatos selvagens vagando pelas florestas tropicais do cabo York, no extremo norte, pelas frias alturas dos Alpes australianos e pelos tórridos desertos das planícies centrais.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ensinar comandos simples

Para ensinar comandos básicos ao seu cão, você precisará de uma coleira, uma guia e bastante paciência. Um manual de adestramento recomenda: (1) dê comandos simples de apenas uma palavra, (2) demonstre a ação desejada e (3) elogie-o assim que obedecer ao comando. O seu tom de voz é mais importante do que as palavras que usa. O comando deve ser dado num tom firme e, o elogio, num tom alegre e afetuoso.

Não há necessidade de puni-lo com palmadas ou chutes. “Eu simplesmente digo ‘Não!’ num tom bem forte, e acentuo as vogais, para que ele saiba que não estou contente com a atitude dele”, disse Marcos, o adestrador já citado. Ele diz ainda: “O cão é inteligente para distinguir quando você o recompensa ou repreende.”

Se achar que é preciso uma medida mais drástica, agarre a pele atrás do pescoço e sacuda-o levemente, dizendo “Não!”. Repreensões devem ser dadas durante ou imediatamente após o comportamento errado. Se a repreensão for dada minutos ou horas depois da ação errada, ele não entenderá o porquê da censura. Também não compreenderá por que em certas ocasiões determinada ação é aceitável e em outras não. Procure ser coerente.

O primeiro comando a ser ensinado ao cão é “Senta!”. Uma vez que ele conheça esse comando, você poderá controlá-lo quando ficar muito agitado. Uma dessas ocasiões é quando ele fica pulando nas visitas. Você terá de apenas dar o comando de “Senta!” e ele vai parar. Para ensiná-lo a sentar, coloque a guia nele e dê o comando enquanto pressiona de leve a traseira, e com a guia levante suavemente a cabeça dele. Elogie-o de imediato. Repita esses passos até o cão obedecer sem induzimento.

Para ensinar o cão a ficar sentado, use o comando “Fica!” e estique um dos braços em direção a ele com a palma da mão virada para cima. Se ele se mexer, diga “Não!” e coloque-o de volta na posição sentada. Repita o comando e elogie-o por ficar sentado por alguns minutos. Aos poucos, à medida que ele obedecer, aumente o tempo e depois a distância entre vocês.

A melhor maneira de treinar o cão a vir até você é usando uma guia comprida e dando uma puxada de leve enquanto o chama pelo nome e lhe dá o comando “Aqui!”. Dê uns passos para trás à medida que ele se aproxima, e continue elogiando-o. Logo ele atenderá ao seu chamado sem ser coagido pela guia. Se ele se soltar e não atender ao seu comando “Aqui!”, chame-o e corra na direção contrária. Muitas vezes o cão se põe a correr atrás por instinto.

Uma palavra de cautela: nunca use a palavra “Aqui!” para uma coisa negativa, como para dar uma repreensão. Seu cão deve aprender que atender ao comando “Aqui!” trará resultados agradáveis, seja elogios seja guloseimas. Se você perder a paciência enquanto ensina esse comando, o cão aprenderá que atender a esse chamado é desagradável e não virá.

Você pode também ensinar seu cão a andar do seu lado, sem adiantar-se puxando a guia, nem ficando para trás. Para isso use uma coleira de corrente para treinamento e uma guia curta. Com o cão à sua esquerda, dê o comando “Junto!” e dê um passo com o pé esquerdo. Se ele tentar se adiantar ou ficar para trás, dê uma puxada na guia e repita o comando. Elogie-o ao obedecer.

Como ensinar seu cão a não pular em você? Um dos métodos é ir para trás enquanto dá o comando “Não !” seguido de “Senta!”. Outra maneira é pegar as patas dianteiras, uma em cada mão, e repetir o comando “Não!”. Elogie-o ao obedecer.

Constituição genética

Primeiro você precisa conhecer as características genéticas de seu cão. Assim como os lobos, os cães respeitam uma certa hierarquia. O mundo deles é a vida numa matilha com um líder, o cão alfa. A família do dono, portanto, passa a tornar-se “a matilha”, e o cão precisa se aperceber de que você é o líder.

O líder de um bando de lobos escolhe o lugar mais quente e o mais elevado para dormir. Ele também come antes dos outros. Então, se você permitir que o cão durma na sua cama ou suba nos móveis, ele poderá muito bem concluir que é o líder. O mesmo poderá ocorrer se você o alimentar com guloseimas da mesa durante as refeições.

Mesmo quando ainda é filhote, seu cãozinho pode aprender que é subordinado a você. Uma dica: olhe bem fixo nos olhos dele até ele não manter mais o olhar. Outra dica: quando ele estiver deitado de costas, numa posição de submissão, esfregue a barriga dele. Se o seu cão estiver incomodando e não parar quando você disser “Não!”, tente ignorá-lo ou sair da sala.

Quando o cão atende ao seu comando, é porque reconhece que é você quem manda. Se, como dono, você não assume a posição de líder, o cão pode concluir que é igual ou superior a você, e isso poderá afetar o comportamento dele.

Como adestrar seu cão



DO REDATOR DE DESPERTAI! NO MÉXICO

“MEU cachorro não atende ao meu chamado.” “Meu cachorro late muito e os vizinhos se queixam.” “Meu cachorro vive pulando em mim e nas visitas.” Frustrados, os donos desses cães perguntam: “O que eu faço?”

A solução seria adestrar o cão — ensiná-lo a atender a comandos simples. É bom começar quando ele ainda é filhote. Isso não quer dizer que cães mais velhos não conseguem aprender. Marcos, adestrador de cães no México, diz: “A idade mínima dos cães sendo treinados é de 4 meses e a máxima é de 5 anos. Mas eu já cheguei a ensinar comandos básicos de obediência a cães de 10 anos.”

Os cães são inteligentes. São treinados a farejar drogas, detectar explosivos, ajudar deficientes e participar em missões de busca e resgate. Mas como treinar o cão para obedecer aos comandos?

Como lidar com cães de forma segura




1. Fique de olho em crianças pequenas e cães.

2. Ensine seu filho a nunca implicar com um cão.

3. Peça permissão ao dono antes de afagar um cão desconhecido.

4. Treine seu animal para obedecer a comandos básicos.

5. Acostume-o a ser abraçado.

6. Evite jogos agressivos.

A linguagem corporal dos cães




O comportamento característico de um cão agressivo mostra que suas intenções não são amistosas. Ensine seu filho a reconhecer essa linguagem corporal dos cães, e você pode ajudá-lo a evitar situações perigosas.

● O cão agressivo tentará parecer maior. Talvez o pêlo na nuca fique eriçado. O animal pode rosnar ou latir com a cauda apontada para cima. Se ele abanar o rabo de forma rígida, rápida e agitada, isso não é sinal de amizade. Deve-se evitar um cão assim.

● Um cão com medo talvez se encolha, com a cabeça e as orelhas para baixo e a cauda para baixo ou entre as pernas. Se alguém se aproximar dele, o cão, estando com medo, poderá tornar-se agressivo. Não mexa com ele.

● Quando o cão está relaxado, mantém a cabeça numa posição nem muito alta, nem muito baixa, a boca aberta e a cauda um pouco abaixo da linha das costas, mas não caída. Se ele abanar a cauda, é sinal de amizade. Em geral não há problema em se fazer amizade com um cão assim.

(Adaptado do livro Childproofing Your Dog, de Brian Kilcommons e Sarah Wilson.)

Os cães agressivos

Alguns cães parecem ser agressivos por natureza e podem ser um perigo para os membros da família. Os machos são mais propensos a manifestar características agressivas.

O cão dominador não gosta que passem a mão nele, especialmente em áreas sensíveis como a face e o pescoço. Outras vezes, porém, o cachorro talvez se aproxime do dono, mexa com ele ou até ponha as patas no seu colo, “pedindo” atenção. Talvez guarde áreas específicas na casa, não permitindo nem que os membros da família cheguem perto. Em geral é possessivo com respeito a objetos como brinquedos, e talvez rosne ou pare de brincar quando alguém se aproxima dele, se estiver entretido com esses objetos.

Para mostrar que é o líder, esse tipo de cão ignora deliberadamente comandos conhecidos. Talvez se jogue contra as crianças ou queira passar primeiro pela porta. Ele também pode ter a tendência de montar nas pessoas. Segundo Brian Kilcommons, isso é “um ato de domínio” e não tem “nada a ver com sexo”. Ele adverte que isso “sempre é um sinal de que o cachorro pensa que é ele quem manda. Por certo isso acabará causando problemas”. O cão talvez desenvolva também o hábito de pegar a mão do dono com a boca para exigir atenção.

Não se deve ignorar esses sinais de agressividade. Essa tendência não desaparecerá simplesmente; é mais provável que piore, e as crianças da casa podem estar em perigo. Muitos treinadores recomendam que um animal desse tipo seja castrado, independentemente do sexo, já que isso em geral reduz a agressividade.

Não é aconselhável desafiar um cão agressivo só para mostrar quem manda. Enfrentá-lo de forma agressiva ou discipliná-lo duramente pode, na verdade, ser perigoso. De maneiras mais sutis, pode-se mostrar ao cão quem é que manda.

Toda vez que um cão agressivo pede sua atenção e você a dá, está confirmando a crença do animal de que é ele quem manda. Assim, quando um animal desse tipo exige sua atenção, ignore-o. Toda a família deve cooperar com esse tratamento. O cão ficará aturdido de início, e talvez fique latindo e olhando para você com uma expressão triste, mas resista à tentação de ceder. Quando ele desistir e, quem sabe, for dormir no seu canto, daí você poderá dar-lhe um pouco de atenção. Dessa forma, o cachorro aprende quem é que manda e que é você quem decide quando dar atenção.

Jogos agressivos, como cabo-de-guerra ou luta, podem piorar as tendências dominadoras do cão e devem ser evitados. Em vez disso, brinque com jogos não-agressivos.

É melhor que o cão não durma no quarto. O quarto é uma área privilegiada, e se ele dormir lá poderá se achar mais importante do que seus filhos. Em vez disso, ponha a cama do cachorro na cozinha ou num canil fora da casa. Muitas vezes os donos de cães agressivos são mordidos pela primeira vez no quarto.

Se o cão não atender aos seus esforços, ou se ao treiná-lo, ou em qualquer outra ocasião, você se sentir ameaçado, procure a ajuda de um treinador de cães competente. Seu veterinário talvez possa recomendar-lhe um. Primeiro, fale com o treinador sobre os métodos de treinamento que ele usa, e tenha certeza de que está satisfeito com a capacidade dele antes de contratá-lo. O treinador Richard Stubbs avisa: “Ao passo que um cão agressivo talvez obedeça a um treinador profissional, isso não é garantia de que ele fará o mesmo com o dono.” O dono do cão deve certificar-se de que conseguirá controlar o animal em situações críticas.

Alguns cães continuarão agressivos mesmo depois do melhor treinamento, e ficar com eles porá a família em risco. Depois de fazer tudo o que pode, talvez você conclua que é melhor se livrar do animal em vez de arriscar que alguém se machuque. É bom procurar o conselho de um veterinário ou de um treinador. Talvez consiga outro lar para seu cão, mas naturalmente você tem a obrigação de contar ao novo dono os problemas que teve com o animal.

O treinador Peter Neville aconselha: “Para lidar com cães dominadores é preciso seguir orientações muito específicas, e deve-se fazer uma avaliação cuidadosa sobre quem continuará a se arriscar com ele e até que ponto. Se não se pode garantir segurança para a pessoa mais vulnerável da família, então é melhor encaminhar o cão para outro lar, para um novo dono cuidadosamente escolhido, ou talvez seja melhor sacrificá-lo.”

As crianças podem aprender muito e se beneficiar em sentido emocional de ter um cachorro como bichinho de estimação. Com a necessária supervisão, os pais podem se assegurar de que seus filhos só tenham boas lembranças de seus animaizinhos.

Treine o cão

Sempre elogie seu cão e seja positivo. Punições e palavras ásperas não acelerarão o aprendizado, mas terão o efeito contrário. É bom que o cão aprenda a vir quando é chamado e a obedecer comandos básicos como “sente!” O animal aprende a ser submisso diante do dono, o que facilita controlá-lo numa situação difícil. É melhor usar sempre as mesmas palavras e frases simples. Quando o cachorro faz a tarefa desejada, recompense-o imediatamente com um elogio, um afago ou um petisco. Para que a recompensa tenha o efeito desejado, é preciso que seja dada imediatamente depois da ação. Outro elemento importante é a repetição até que o comportamento se tenha fixado firmemente.

Se adquirir um cão, um filhote ou um animal mais velho, talvez seja preciso ajudá-lo a se acostumar com crianças. As crianças agem de modo diferente dos adultos. São mais barulhentas e mais impulsivas, e podem correr até o cachorro, assustando-o. É bom acostumar seu animal de estimação a esse comportamento imprevisível. Quando as crianças não estiverem por perto, acostume-o com barulhos súbitos. Transforme o treinamento em brincadeira. Grite uma ordem e corra na direção dele. Daí, recompense o cão imediatamente. Grite cada vez mais alto. Brinque com o animal. Logo ele estará gostando dessa brincadeira.

Crianças pequenas gostam de abraçar cachorros, mas devem ser ensinadas a não fazer isso, visto que alguns cães se sentem ameaçados com esse contato achegado. Caso seus filhos gostem de abraçar seu cão, treine-o para aceitar isso. Abrace-o por períodos curtos, e depois dê-lhe um petisco e um elogio. Gradativamente aumente a duração do abraço. Se o animal rosnar ou arreganhar os dentes, procure a ajuda dum treinador habilitado.

Treine a criança

Muitos treinadores de cachorros ressaltam que não se deve deixar juntos crianças pequenas e cães, sem a supervisão de um adulto. Crianças pequenas não sabem tratar os animais. Têm de ser ensinadas. Assim, muitas pessoas seguem a regra de que, se um adulto responsável não pode estar por perto, deve-se manter cães e crianças em lugares separados. O treinador Brian Kilcommons observa o seguinte no livro Childproofing Your Dog: “Os relatos que temos ouvido indicam que a maioria dos problemas ocorre quando os adultos estão prestando atenção a outra coisa.”

Com freqüência, os animais precisam ser protegidos das crianças. Kilcommons foi chamado quando o cachorro de certa família ameaçou morder uma criança. O pai, confuso, explicou que seu filho de dois anos e meio correu até o cachorro, que estava dormindo, e deu-lhe um pontapé forte. O cão, obviamente sentindo dor, reagiu ameaçando atacar a criança. Felizmente, o cão se controlou e não mordeu a criança. O treinador aconselha os pais: “Não permitam que seu filho faça a um cachorro aquilo que não permitiriam que ele fizesse a outra criança.”

Ensine seu filho a tratar os animais de forma bondosa. Ensine-o a nunca implicar com um cão. Os pais precisam estar alertas para detectar quaisquer perigos em potencial quando crianças e cães estão juntos. Se perceber que o cachorro está tentando escapar ou se esconder da criança, faça com que ela pare de persegui-lo. Se ela for atrás do cachorro e o encurralar, a única defesa dele será latir, rosnar ou mesmo morder. Os pais devem ser coerentes em aplicar disciplina, de modo que tanto o cão como a criança saibam que os pais não estão brincando.

Não despreze o cão. Quando um casal que possui um cão tem seu primeiro filho, a tendência pode ser ignorar o animal e enxotá-lo para o quintal. Embora seja sensato tomar precauções, o treinador Richard Stubbs aconselha: “Não se deve desprezar o cachorro. Em vez disso, mantenha a rotina dele na medida do possível, e dê-lhe uma atenção razoável.”

Pense em como seu filho reagirá diante de um cão estranho. Se vir um estranho passeando pela rua com um cão, o que ele fará? Correrá impulsivamente para acariciar o cachorro? Ensine-o a não fazer isso. Primeiro é preciso obter a permissão do dono. Daí, se esse concordar, a criança pode andar vagarosamente em direção ao cachorro, para não assustá-lo, parar um pouquinho longe e falar calmamente com o cão. Se o animal for manso, se aproximará da criança. É melhor não mexer com cães que andam desacompanhados pela rua. —

As crianças estão seguras com seu cão?

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA ÁFRICA DO SUL

SYDNEY, de dois anos, passou perto demais dum rottweiler agressivo que estava amarrado. O cão atacou, machucou o couro cabeludo de Sydney e quase decepou sua orelha esquerda. Ele precisará de diversos enxertos de pele.

Visto que mais pessoas têm adquirido cães de guarda, mais se ouve falar em ataques de cães a crianças. Algumas raças que se relata terem mordido crianças são rottweiler, doberman, bullmastiff, alsaciano (pastor alemão) e bullterrier. Uma pesquisa realizada na África do Sul revelou, entre os casos examinados, que a maioria das crianças havia sido atacada por cães que elas conheciam. Quase metade delas foi vítima de cachorros de vizinhos e um quarto foi mordido pelo seu próprio cão. Cachorros perdidos foram responsáveis por apenas 10% dos ataques. Com freqüência, as vítimas provocaram o cachorro de alguma maneira, talvez sem se aperceberem disso. É óbvio que muitos ataques de cães podem ser evitados se os donos dos animais e os pais tomarem algumas precauções básicas.

Vai Proteger-se com um Cão?

Os departamentos de polícia e as pessoas que são donos ou encarregados de lojas, firmas construtoras, transportadoras e outras firmas comerciais talvez decidam que devem possuir cães de guarda profissionalmente treinados. Mas, deve possuir um cão assim?

Talvez possa perguntar-se: Manteria eu uma pistola carregada? Teria a mesma na casa, sendo que as crianças poderiam vir a brincar com ela? Se não, não deve possuir um cão de guarda treinado! O risco, para não se mencionar o alto preço de tal cão, simplesmente não vale a pena, exceto, talvez, sob as circunstâncias mais extremas.

No entanto, devido ao aumento vertiginoso do crime, talvez resolva possuir um cão vigia, ou um chamado “cão imagem”. Mas, primeiro, considere o custo. Um dono dum policial de uns 35 quilos em Nova Iorque calculou recentemente suas despesas semanais com alimentação do cão como sendo de Cr$ 25,50. Isso é mais de Cr$ 1.300, por ano! Daí, há o custo de coleiras, correntes, licenças e talvez de contas de veterinário. E, lembre-se, um cão mantido num apartamento precisa passear ao ar livre pelo menos uma ou duas vezes por dia.

Os cães podem ser maravilhosos animais de estimação e companheiros. Quão triste é que as condições mundiais sejam tão ruins que precisem ser treinados para atacar pessoas! Felizmente, a promessa da Palavra de Deus é de que, em breve, sob a regência do Seu Reino justo, toda a humanidade usufruirá verdadeira segurança, sem nenhuma necessidade de alguém possuir cães para proteger-se. — Isa. 11:6-9.

São Seguros os Cães Treinados Como Guardas?

Teoricamente são, visto que supostamente só atacam quando recebem ordens, ou sob real provocação. Assim, contam-se experiências de cães de guarda escaparem e serem amparados por transeuntes que os levaram para casa e não notaram nada de incomum neles. Todavia, também ocorreram experiências diferentes. No outono passado em Nova Jérsei, dois desses cães que protegiam equipamento de empreiteiros conseguiram fugir e mataram Hutert Russell, de 6 anos. Quando avançaram contra oficiais de polícia, foram mortos a tiros.

Até mesmo seus donos não estão seguros. Craig Iwig pagou Cr$ 9.000,00 a um bem conhecido cinologista de Nova Iorque por um policial para proteger sua loja de consertos de TV. O cão trabalhou bem por cerca de seis meses. Mas, daí, certo domingo, quando estava sozinho em sua loja, Iwig baixou-se para apanhar uma ferramenta. O cão deu um salto, atingindo-o dum lado do rosto, arranhando o couro cabeludo dele com seus dentes.

“Os revólveres às vezes disparam sozinhos, e também os cães de guarda”, observou o cinologista Tom Nova. “Como os humanos, os cães também cometem erros. Interpretam mal as coisas. Dois jovens talvez se judiem por brincadeira, e um cão de guarda talvez atinja um deles. Isso acontece. Eu jamais teria um deles na minha casa.”

Muitos treinadores pensam o mesmo. Ficam muito hesitantes em vender um cão de guarda para uso doméstico; alguns simplesmente se recusam a vender um para famílias que tenham filhos pequenos. Como explicou o treinador Jack Healy: “Mais cedo ou mais tarde, vão mexer com o animal, e até mesmo o cão mais excelente pode atingir uma criança, se for devidamente provocado.”

Cães Treinados Como Guardas

Daí, há cães com vários graus de treino como guardas. Alguns talvez sejam treinados a ser obedientes, e desenvolvidos ao ponto em que pulam para proteger seu dono quando recebem ordem, ou ao serem provocados. Mas, apenas a um grau muito limitado, são treinados a morder.

É diferente com o “cão de guarda” plenamente treinado. Ele é treinado para lutar, e o poder de sua mordida é desenvolvido pela prática a ponto de poder quebrar um braço ou abocanhar uma clavícula. Aprende a proteger-se, bem como a seu treinador, dum punhal, dum revólver ou dum porrete. Tem-se comparado tal cão a um soldado profissional que talvez fique mais à vontade em combate do que na vida civil.

O cão é treinado numa coleira. O treinador o segura enquanto que um “agressor” agita-o com crescente agressividade — por meio de berros, gestos ameaçadores, por enfiar um pau redondo na virilha dele, e assim por diante. O “agressor” talvez tenha colocado grossas almofadas nas mangas do braço para proteger-se, ou talvez segure um saco de aniagem que o cão morde. A confiança do cão aumenta nestes ataques pois ele sempre faz o agressor fugir. Jamais perde. Assim, ensina-se-lhe a crer que possa subjugar qualquer oponente.

Um cão de guarda de elite é às vezes chamado de “cão de ataque”. Ao invés de apenas semanas ou meses de treino, talvez exija um ano ou mais. Tal cão pode custar uns Cr$ 30.000,00 ou mais. Não só protegerá seu dono, mas atacará uma pessoa específica ao receber a ordem. Tal cão, em todo sentido da palavra, é uma arma.

Cães sem Treinamento Para Guarda

Cinologistas profissionais tendem a classificar os cães segundo a proteção que fornecem. Por exemplo, um chamado “cão imagem” é grande e imponente, pertencendo a uma raça que tenha reputação de agressiva, tal como o pastor alemão. Todavia, o cão não precisa ter quaisquer tendências agressivas. Pode ter temperamento brando e ser bom para as crianças. Sua simples aparência dissuade os malfeitores de agir. Interessante é que um cão de cor escura em geral é mais temido do que um de cor clara, e assim constitui melhor “cão imagem”.

Um “cão vigia” é um cão doméstico que late, que é usualmente seu principal triunfo. Todavia, talvez mostre instintivamente sinais de agressão na situação apropriada. Talvez até morda um intruso, mas, visto que não teve real treino como guarda, há pouca garantia de que o faça. Poderia considerar um grande “cão imagem” como o melhor cão vigia, mas até mesmo pequeninos poodles e chiuauas também podem ser bons cães vigias.

Caraterística Instintiva

Tais exemplos poderiam ser repetidos milhares de vezes. Calcula-se que mais de 25 milhões de cães são mantidos pelas famílias nos EUA. E o treinador de cães Tom Nova afirma que, sem comparação, a maioria deles instintivamente protege a casa. Além disso, afirma, muitos milhares de cães de guarda treinados são mantidos especificamente como proteção.

A maioria dos possuidores de cães provavelmente observaram um instinto protetor em seus cães. A respeito disso, The New Dog Encyclopedia afirma:

“Uma vez um cão tenha aceito uma pessoa ou família como seu amo, imediatamente cria bem definido sentido de propriedade, e fica pronto a defendê-los, à sua casa e aos seus bens, contra todos os intrusos. Este senso de guarda acha-se presente em quase todos os cães, sem considerar sua raça, embora, naturalmente, se manifeste mais em animais mais valentes ou mais agressivos. Esta característica de guardião [é] agora reconhecida pela ciência e as autoridades cinófilas como instinto definido.”

Este instinto protetor pode ser incentivado e desenvolvido a alto grau de eficiência. Um cão pode assim tornar-se uma arma mais eficaz, em certas circunstâncias, do que um revólver carregado. Para isso, contudo, é preciso treino especial. Todavia, um cão pode fornecer excelente proteção sem qualquer treinamento assim.

O Que Afirmam os Possuidores de Cães

O treinador de cães Arthur J. Haggerty, que tem mais de setenta cães alugados em serviços noturnos em locais de construção em Nova Iorque, afirma: “Os empreiteiros nos disseram que pequenos roubos e vandalismo começam a diminuir logo que colocam uma tabuleta: ‘Aviso — Este Local É Patrulhado por Cão de Ataque’ no local. Quando o cão chega, os ladrões simplesmente partem para locais mais fáceis.”

Os cães também resultaram ser de valor em proteger lojas “Fui roubado oito vezes em quatro anos”, disse Martin Blauvelt, dono de pequena loja de bebidas, ao acariciar seu enorme pastor alemão. “Mas, desde que comprei Hércules, há dois anos, ninguém tem peito de tentar fazer nada.”

Nas grandes lojas de departamentos, cães de ataque especialmente treinados, acompanhados dum treinador, patrulham os andares à noite. Ao passo que os ladrões talvez consigam esconder se dos guardas humanos, não é tão fácil esconder-se dum cão. No ano de 1973, segundo Emanuel J. Falcone, diretor de segurança da loja  mais de 18 pessoas foram apanhadas com a ajuda de cães em uma de suas lojas de Nova Iorque.

Muitos moradores de casas, também, consideram vital um cão para proteger-se. Exemplificando: um senhor de família que morava numa área de muitos crimes explicou: “Comumente não possuiria um cão na cidade, especialmente um cão grande. Mas, toda casa deste prédio já foi invadida por ladrões, exceto a nossa. Ademais receio deixar que minha esposa saia sozinha de casa sem ele.”

Um rapaz entrevistado quando passeava seu cão pastor de aparência feroz perto da área de “Brooklyn Heights” de Nova Iorque, pensava similarmente. Duas vezes fora atacado pelas costas nos meses recentes, uma vez sendo gravemente esfaqueado. “Não teria acontecido”, afirmou, “se meu cão estivesse comigo. Raramente saio sem ele agora”.

Até mesmo cãezinhos são de valor afirma Diana Henley, da Associação de Prevenção à Crueldade Para com os Animais. A respeito de seus próprios chiuauas, observou:“Não poderiam causar muito dano a ninguém, mas são muito bons em me alertar se houver alguém do lado de fora.” Também possui um lavrador negro que latiu e assustou pretensos assaltantes que se aproximaram furtivamente dela enquanto estavam passeando fora de casa.

Até mesmo em muitos povoados pequenos e zonas rurais, considera-se agora importante possuir cães. Por exemplo, um rapaz que mora na região campestre de Wallkill, Nova Iorque, recentemente pagou 1.400 dólares por um cão de guarda profissionalmente treinado.

Possuem cães para proteger-se

“CUIDADO com o Cachorro”, um letreiro impresso em cor laranja brilhante, reluzente, foi observado como o mais prevalecente em certa parte da cidade de Nova Iorque. Era seguido por um outro de aparência mais oficial: “Esta Propriedade Acha-se Protegida por Cães de Guarda”.

As pessoas dificilmente podem ser culpadas de quererem proteção, em especial depois de repetidas vezes atacadas pelas costas e de terem suas casas invadidas por ladrões. Mas, são os cães a solução? São realmente eficaz empecilho ao crime?

O Que Fazer

Visto que os cães podem transmitir doenças aos humanos, será que isso significa que seremos sábios se evitarmos todo o contato com eles? Não, assim como não seria sábio evitar todo o contato com os humanos, porque também podem transmitir doenças. O ponto é, devemos ficar cônscios de que os cães podem constituir uma fonte de infecção. E, muito embora os cães sejam amigáveis, isso necessariamente não os torna seguros. Não é sem boa razão que a Bíblia se refere aos cães como sendo animais impuros. — Pro. 26:11.

Assim, a coisa correta a fazer é ter cuidado razoável quando perto de um cão. Seria sábio não afagar simplesmente qualquer cão que apareça por acaso, nem permitir que o lamba, mesmo se for amigável. O cão talvez esteja doente com uma moléstia transmissível. Ou talvez tenha fussado ou lambido a traseira de um cão contaminado. Talvez tenha acabado de rolar na sujeira que contenha organismos portadores de moléstias. E, mesmo se conhecer bem o cão, não é um hábito limpo permitir que lamba seu rosto, coma do seu prato ou elimine resíduos em lugares em que é provável que as pessoas toquem.

Especialmente se os cães em sua comunidade forem conhecidos como disseminadores de infecção ou doenças, devesse exercer cautela. Se, por exemplo, casos de hidatidose ocorrerem onde mora, não dê órgãos internos crus de animais mortos aos cães, nem permita que os cães tenham acesso a eles. No Uruguai, onde esta doença é comum, é contra a lei fazer isto. Não deixe de obedecer a tais leis.

Também, proteja sua reserva de água potável de possível contaminação por cães ou seus resíduos orgânicos. Exerça similar cautela com relação aos suprimentos de comida. Por exemplo, não permita que os cães brinquem ou passeiem pela sua horta. E, certifique-se de que todos os alimentos sejam bem cozidos, assim matando quaisquer ovos de tênias com os quais talvez estejam contaminados.

Visou-se que gozássemos a companhia dos animais que foram providos pelo nosso amoroso Criador. Mas, ao mesmo tempo, é importante usar bom juízo. Pois, lembre-se: Um cão amigável não é, necessariamente, um cão seguro.

Dejeções Caninas — Fonte de Moléstias?

Conforme aumenta o número de cães, igualmente aumentam suas dejeções. Um cão grande eliminará uns quinhentos e cinqüenta gramas de fezes por dia, mas a média para todos os cães é de uns trezentos e cinqüenta gramas. Isto equivale a mais de 60.000 toneladas de dejetos sólidos apenas dos cães da cidade de Nova Iorque, e isso não inclui milhões de litros de urina! Podem tais resíduos orgânicos provocar moléstias?

Podem, sim! Por exemplo, podem espalhar a leptospirose, que nos humanos é usualmente chamada de doença de Weil ou febre de rato. Calcula-se que 50 por cento de todos os cães do mundo tenham ficado afligidos de leptospirose uma vez ou outra. Os humanos podem ficar infetados pelo contato com excreções caninas, especialmente a urina. Comentando esta doença, Preventive Medicine and Public Health (Medicina Preventiva e a Saúde Pública), editada por Philip E. Sartwell, observa:

“A leptospirose é mundial na distribuição. À medida que a consciência clínica aumenta e os métodos de diagnóstico de laboratório são mais comumente empregados, torna-se evidente que a leptospirose humana é muito mais comum do que antes se pensava. Devido à diversidade das manifestações clínicas nas formas mais brandas da doença sem icterícia, ela escapará de ser detectada a menos que se obtenha a ajuda dum laboratório. As descobertas clínicas talvez se limitem ao aparecimento abrupto de febre acompanhada de calafrios, dores de cabeça, vômitos e dores nas extremidades, nas juntas e nos músculos. A recuperação ocorre dentro de uma semana a dez dias.

Em alguns lugares, os cães ficaram infetados com tênias do gênero Echinococcus. Os ovos destas tênias são expelidos nas fezes dos cães. Pessoas que afagam cães contaminados, ou são lambidas por eles, podem contrair nas mãos estes ovos microscópicos, e, se forem ingeridos, podem provocar a doença hidátide, ou hidatidose. Vacas e porcos são assolados por esta doença no Uruguai, e cerca de 500 casos humanos de hidatidose são diagnosticados ali a cada ano, e cerca de cinqüenta pessoas morrem.

A doença hidátide se estende por toda a parte meridional da América do Sul, pelo sul da Austrália, Tasmânia, Nova Zelândia, África, Oriente Médio, onde mais ou menos com freqüência ocorre no homem. Há uma surpreendentemente alta prevalecência da moléstia na população esquimó e índia do Canadá, mas é raramente baixa na América do Norte.

Os cães contraem estas tênias por comerem os órgãos internos de gado ou porcos infetados, que tenham as diminutas cabeças dos pequenos vermes. Estas cabeças ficam presas às paredes dos intestinos dos cães e atingem a idade adulta, alcançando não mais de seis milímetros de comprimento. O cão pode ser hospedeiro de muitos milhares destes vermes adultos, e elimina um milhão de seus ovos por semana!

Se tais ovos forem ingeridos pelo hospedeiro intermediário — tais como os humanos, gado vacum ou suíno — incubam-se nos intestinos, penetram pelas paredes intestinais e viajam a vários órgãos e tecidos, especialmente o fígado. Ali o cisto hidátide se forma, em que o embrião se desenvolve na cabeça da tênia. Embora um verme adulto não se forme num hospedeiro intermediário, a formação de cistos pode deixar doente ou até mesmo matar o hospedeiro, quer homem quer animal.

Assim, os cães que possuem estas tênias são uma fonte de infecção potencial para outras criaturas. Podem constituir verdadeiro perigo para a saúde. Mas, serão também perigosos os cães que possuem outros tipos mais comuns de vermes?

Embora em geral não se achava que fossem, é interessante observar o que Scientific American, de setembro de 1966, disse: “Os cães e os gatos talvez constituam ‘considerável perigo para a saúde pública’, concluíram três pesquisadores na Inglaterra, depois de estudarem a infecção de humanos com vermes intestinais que são comuns aos bichinhos domésticos de estimação. Os ovos dos vermes, Toxocara canis e T. cati, podem ser transmitidos aos humanos. . . .

“Os estudos na Inglaterra e nos EUA indicam que um de cada cinco cães e gatos domésticos abriga o verme intestinal em pauta, e a proporção é aparentemente muito maior nos Trópicos. Os pesquisadores concluem que a toxocaríase atinge considerável número de pessoas, que pode, provavelmente, espalhar a poliomielite e provocar a epilepsia e que bem que poderá estar ligada a várias outras doenças, especialmente nos Trópicos.”

Não deveria ser surpresa de que as dejeções intestinais dos cães pudessem transmitir organismos causadores de doenças, e que estes pudessem infetar os humanos. Pois não são os próprios humanos, com freqüência, transmissores de moléstias? Sim, e, por essa razão, adequada rede de esgotos é considerada vital a fim de eliminar seus resíduos potencialmente perigosos.

Nem Todos os Cães São Seguros

Os cães às vezes entram em contato com sumagre venenoso, enchendo os pêlos com os óleos irritantes da planta. Já afagou um cão assim, e, mais tarde, ficou envenenado pelo sumagre? Casos desta doença tem sido rebuscados até um cão amigável. Também, alguns que sofrem de alergia verificaram que um cão lhes provocará desconforto. Quando se remove o cão, obtêm alívio.

Os cães também contraem tinhas, e talvez espalhem os fungos que provocam esta doença de pele aos humanos por meio de contato. Conforme observa The Complete Dog Book (O Livro Completo de Cães), publicação oficial do Kenel Club Estadunidense: “As crianças que se associam com cães enfermos freqüentemente ficam infetadas.” Assim, os cães, muito embora talvez sejam amigáveis, podem ser transmissores desta moléstia altamente contagiosa, embora não seja tão séria.

A raiva, por outro lado, é a mais temida das doenças. É usualmente transmitida aos humanos pela mordida dum cão, embora a mordida de outros animais também possa infetar a pessoa. Nos primeiros estágios, o cão raivoso talvez pareça mais amigável do que usual. Mas, o cão pode ficar facilmente raivoso e, se for erguido do solo talvez morda e transmita uma doença quase que certamente fatal.

Daí, há cães que talvez sejam amigáveis, mas que possuam piolhos que não o são. Os piolhos atacarão também os humanos, e podem transmitir doenças. Assim, o Dr. Deane P. Furman, perito em parasitologia, insta com respeito às pulgas: “Toda dona de casa deve livrar-se destas pragas tão rapidamente quanto possível.”

É claro que nem todos os cães são seguros. Considerando as infecções bacteriais e fungosas a que estão sujeitos, The New Dog Encyclopedia (A Nova Enciclopédia Canina; 1970), disse: “Muitas destas doenças são de importância para a saúde pública, visto que atingem outros animais e o homem. É preciso ser especialmente cuidadoso com os animais infetados que cercam as crianças, os idosos, ou as pessoas que, devido a outras moléstias, estão em condição de menor resistência.”

Um cão amigável — será seguro?




OS CÃES já ultrapassaram em muito os humanos na taxa de aumento. De apenas a década de 1930 até a década de 1960, seus números se multiplicaram nos EUA quatro vezes, ao passo que a população humana nem sequer chegou a dobrar.

A cidade de Nova Iorque possui meio milhão de cães; todavia, acha-se bem atrás dos 700.000 cães de Londres e do milhão da Cidade do México. Ao passo que poucos são bravios — cerca de 25.000 mordidas de cães foram registradas na cidade de Nova Iorque em 1969 — a grande maioria são amigáveis. Significa isso que todos os cães amigáveis são seguros?

Pela maneira em que alguns os tratam, poder-se-ia pensar que acham que sim. Não hesitam em acariciar praticamente todo cão amigável que vêem, ou até mesmo permitir que lambam-lhes as mãos ou rosto. Será sábia esta prática?

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O pavão na História




Pavões adornavam os jardins da Grécia, de Roma e da Índia antigas, além de já terem sido retratados em pinturas, esculturas e em outros objetos decorativos nas cortes reais indianas por milhares de anos. De fato, o Trono do Pavão foi considerado um dos exemplos mais importantes da riqueza da Índia. Diz-se que ele havia sido confeccionado com diversos diamantes, 108 rubis e 116 esmeraldas. Era montado e ocupado apenas em cerimônias importantes e havia um pavão dourado no dossel — daí a origem de seu nome.

A história bíblica comprova que os pavões estavam entre as valiosas importações do Rei Salomão. É interessante imaginar essas aves pavoneando-se em seus jardins reais. (1 Reis 10:22, 23) Os pavões certamente provam que há um Projetista inteligente. Quando o pavão dança com sua deslumbrante plumagem colorida, é impossível deixar de se maravilhar com as habilidades artísticas de Jeová, o Deus que ‘criou todas as coisas’. — Revelação (Apocalipse) 4:11.

A vida familiar do pavão




Depois da época de reprodução, é hora de trocar as penas. Em média, um pavão adulto possui mais de 200 penas no seu leque de plumas. Aldeões indianos tinham o hábito de apanhá-las visando a exportação para o Ocidente, até que, para proteger a espécie, esse tipo de negócio foi proibido. Mas é claro que artesãos locais utilizam as penas para fazer leques e outros itens bonitos.

No final da tarde, lentamente o pavão sobe em árvores altas à procura de um local adequado para pernoitar. De manhã, há uma reversão desse processo, quando ele desce lentamente. Essa ave pode agradar bem aos olhos por causa da beleza, mas não espere os mesmos resultados no quesito cantoria. Seus chamados lamuriosos perturbam o silêncio vespertino até que começam a procurar comida.

O pavão é onívoro, ou seja, ele come quase de tudo, incluindo insetos, lagartos, e às vezes até pequenas cobras, além de sementes, grãos, lentilhas e raízes macias de plantações variadas.

Apesar da sua aparente vaidade, o pavão até que consegue ser muito protetor. Ligeiro em detectar o perigo, tal como um felino à procura de uma presa, o pavão reage ao perigo correndo pela floresta, emitindo altos gritos como aviso do perigo iminente. Outros machos fazem o mesmo. Eles correm surpreendentemente rápido, um atrás do outro. As pavoas, no entanto, recusam-se a abandonar os filhotes, mesmo diante do mais grave perigo.

Parece que as longas plumas não impedem o pavão de correr rapidamente, mas na hora de voar, são um pouco inconvenientes. Uma vez iniciado o vôo, no entanto, ele bate as asas bem rápido, alcançando altas velocidades.

Quando atingem oito meses de idade, os filhotes estão prontos para deixar os pais e começar a tomar conta de si mesmos. A partida deles ajuda a pavoa a se preparar para a próxima ninhada. A plumagem característica do pavão começa a crescer nos jovens machos quando eles têm oito meses de idade, mas é só aos quatro anos que eles ostentam a plumagem totalmente desenvolvida. Então, eles já estão prontos para dar início a suas próprias famílias.

Extraordinária exibição




Naturalmente, o pavão é famoso por sua extraordinária apresentação quando abre o deslumbrante leque de plumas. Qual o objetivo dessa demonstração exibicionista? Tudo indica que tenha a ver com o ritual de acasalamento.

A pavoa é um tanto difícil de agradar, mas ela tem uma queda por exibidos. Coberto de ocelos brilhantes e coloridos, o leque aberto de plumas do pavão consegue atrair a atenção total da pavoa, que costuma escolher o macho que fizer a exibição mais impressionante.

A exibição da plumagem, no entanto, é apenas parte do espetáculo. O macho primeiro abre seu leque de longas plumas, trazendo-as para frente. Daí, ele começa sua dança pomposa. As asas de cor castanha pendem para baixo e ele sacode o corpo, fazendo com que as plumas na posição vertical produzam uma farfalhada. Ele emite também um som estridente, nada melodioso, mas que pelo menos manifesta seu interesse pela fêmea.

De vez em quando, a pavoa tenta imitar timidamente os gracejos do pavão, mas ela parece estar desinteressada a maior parte do tempo. Entretanto, aquele que se exibir de maneira mais extraordinária acabará conquistando-a. Um pavão pode ter até cinco fêmeas em seu harém e ser o reprodutor de até 25 filhotinhos em um ano.

A linda ave com olhos nas penas




DO REDATOR DE DESPERTAI! NA ÍNDIA

TALVEZ você já saiba de quem estamos falando: do pavão. Aliás, o macho dessa espécie tem uma plumagem famosa no mundo todo. Mas já imaginou alguma vez para que serve essa plumagem excêntrica e no que mais o pavão é notável?

Aparentado com o faisão, o pavão da Ásia tem três variedades. Trataremos aqui do pavão comum, ou da Índia, cuja cor é predominantemente azul-esverdeada e cujo tamanho varia de 2 a 2,35 metros, incluindo a plumagem de 1,5 metro. Suas plumas têm as cores verde e dourado com manchas redondas que se parecem com olhos nas cores azul e bronze. As penas do corpo são de modo geral azul-esverdeadas com reflexos metálicos.

Designada oficialmente a ave nacional da Índia, o pavão tem certamente uma aparência de realeza. Talvez seja por isso que às vezes se usa a palavra “pavonear” para descrever pessoas arrogantes. No entanto, essa ave não é tão esnobe quanto sua aparência sugere. De fato, ela é facilmente domesticada. Alguns consideram o pavão uma ave sagrada. Por esse motivo, pequenos agricultores de aldeias da Índia às vezes não fazem nada quando as aves ameaçam suas plantações de grãos.

Criação de crocodilos de Madras

  Em 1972, depois de uma pesquisa revelar a existência de bem poucos crocodilos na natureza, teve início sua preservação no Parque das Cobras de Madras. A fazenda de criação de crocodilos em cativeiro, de Madras, formada em 1976 pelo herpetólogo Romulus Whitaker, é a maior e mais antiga dos mais de 30 centros de répteis na Índia. Ela abrange 3,5 hectares na costa Coromandel, com 150 espécies de árvores que atraem lindos pássaros e insetos.

  Crocodilos e gaviais são criados em cativeiro e depois soltos nos pântanos e nos rios, ou enviados para outros centros de criação ou pesquisa. No berçário, criam-se em tanques levas de 2.500 crocodilos-bebês por vez, os quais são alimentados com peixe cortado em pedaços, diariamente fornecido pelos pescadores. Os tanques ficam cobertos com redes para evitar que as aves saqueadoras roubem os peixes ou os répteis-bebês indefesos. À medida que crescem, são transferidos para tanques maiores onde são alimentados com peixes inteiros até completarem cerca de três anos e ter entre 1,25 e 1,50 metro. Depois disso, são alimentados com retalhos de carne de boi procedentes de um grande frigorífico. A fazenda começou criando apenas três tipos de crocodilos nativos da Índia, mas hoje foram acrescentadas mais sete espécies e, no futuro, há planos para ter todas as espécies conhecidas. Existe muita polêmica sobre a criação de crocodilos em cativeiro para fins de comercialização do couro e da carne — carne que, conforme Whitaker disse à revista Despertai!, é saborosa e de baixo teor de colesterol. A preservação dessas grandes criaturas ameaçadas de extinção foi um sucesso e hoje beira a superpopulação. A fazenda de criação de crocodilos de Madras, uma atração turística, tem também por objetivo eliminar conceitos negativos e melhorar a imagem pública desses répteis.

Não esqueça de sorrir!

Agora que você conhece melhor alguns membros da família dos crocodilos, como se sente a respeito deles? Esperamos que qualquer conceito negativo, que talvez tivesse, tenha se transformado em curiosidade. Pessoas do mundo todo, que gostam de animais, aguardam o dia em que não precisarão mais temer nem mesmo o enorme crocodilo-poroso. Quando o Criador dos répteis renovar a Terra, poderemos sorrir para todos os crocodilos! — Isaías 11:8, 9.

A luta pela sobrevivência — não se trata de “lágrimas de crocodilo”

Já ouviu dizer que alguém chorou lágrimas de crocodilo? Isso quer dizer lágrimas e tristeza fingidas. Na realidade, com as lágrimas o crocodilo está apenas se livrando do sal em excesso. Mas, no início da década de 70, pode ter havido lágrimas de tristeza de verdade pelos crocodilos, visto que havia apenas alguns milhares de crocodilos na Índia — cerca de 10% do que havia no passado. Por quê? À medida que o homem avançava no habitat dos crocodilos, dizimava-os porque os considerava uma ameaça para filhotes indefesos de animais domésticos. Também, muitos achavam a carne e os ovos de crocodilo deliciosos, e as glândulas produtoras de almíscar eram usadas para a fabricação de perfumes. Além disso, a construção de represas e a poluição da água também diminuíram a população dos crocodilos. Mas talvez o fator mais agravante que os levou quase à extinção tenha sido a demanda pelo couro. Sapatos, bolsas, malas, cintos e outros artigos feitos de couro de crocodilo são lindos, duráveis e muito requisitados. Essas ameaças continuam, mas medidas de preservação vêm sendo muito eficazes! — Veja quadro abaixo.

Sua função no ecossistema




Os crocodilos têm uma participação importante no meio ambiente. Necrófagos, limpam rios e lagos, assim como terras vizinhas, infestados de peixes mortos e carcaças de animais, ao mesmo tempo saneando o sistema de abastecimento de água. Predadores, suas presas são as criaturas fracas, machucadas e doentias. Comem peixes, como o peixe-gato, que dá muito prejuízo, visto que se alimenta de carpas e tilápias — pesca de grande valor comercial para o consumo humano.

O crocodilo-dos-pântanos e o gavial-de-focinho-comprido

Seu habitat fica exclusivamente no subcontinente indiano. O crocodilo-dos-pântanos é bem menor do que o crocodilo-poroso — tem cerca de quatro metros de comprimento. Vive nos pântanos de água doce, nos lagos e nos rios da Índia e alimenta-se de animais pequenos. Pega-os com as mandíbulas possantes e, depois de afogá-los, gira-os várias vezes torcendo a carne até despedaçá-la, facilitando a ingestão.

Como o macho encontra uma parceira para o acasalamento? Ele bate as mandíbulas na água e brame. Depois ele e a fêmea dividem os deveres de proteger o ninho, ajudar os filhotes a sair do ovo e cuidar deles por um tempo.

O raro gavial, que não é realmente um crocodilo, tem muitas características extraordinárias. Ele se destaca pelas mandíbulas muito compridas e estreitas, ideais para pegar peixes — seu alimento principal. Tem o comprimento do crocodilo-poroso, mas não costuma atacar os humanos. Seu corpo liso e hidrodinâmico torna possível que deslize rapidamente em correntezas de rios profundos do norte da Índia. Durante o período de reprodução, cresce um calombo na ponta do focinho do gavial macho, intensificando o som normal de sopro para um zumbido alto que atrai as fêmeas.

Mãe dedicada




A fêmea constrói o ninho perto da água, geralmente num monte de barro e de plantas em decomposição. Ela põe uns 100 ovos ovalados, de casca dura, e depois cobre e protege-os contra predadores. Em seguida, chapinha água para molhar o ninho e decompor mais depressa a vegetação que está por cima, criando assim calor para incubar os ovos.

Curioso e fascinante é o que acontece a seguir. É a temperatura da incubação de cada ovo que vai definir o sexo das crias. Dá para acreditar? Quando a temperatura está entre 28 e 31 graus Celsius nascem crias fêmeas em cerca de 100 dias; mas, se a temperatura for de 32,5 graus nascem machos dentro de 64 dias. Ovos incubados entre 32,5 graus e 33 graus podem produzir tanto machos como fêmeas. Quando o ninho é construído com um lado na beirada da água e o outro exposto ao sol quente, geralmente do lado mais fresco nascem fêmeas e, do lado mais quente, machos!

Assim que a mãe ouve grunhidos, remove a cobertura do ninho e, às vezes, quebra os ovos, se as crias, dotadas de dentes-de-ovo, já não o quebraram e saíram. Com muito jeito, levanta as crias nas mandíbulas e carrega-as numa bolsa sob a língua até a margem da água. Elas já nascem sabendo se cuidar. Logo se põem à cata de insetos, rãs e pequenos peixes. Mas algumas mães são muito protetoras e ficam por perto durante vários meses, formando berçários nos pântanos, onde o pai coopera fazendo papel de babá e protegendo as crias.

O grande crocodilo-poroso




É o maior réptil e chega a ter 7 metros ou mais de comprimento e a pesar uma tonelada! Seu habitat é exclusivamente a água salgada — estuários, mares e manguezais ao longo da costa —, da Índia em direção ao oriente até Fiji. Carnívoro, come ratos, rãs, peixes, cobras, caranguejos, tartarugas e cervos — em pequenas quantidades; o macho grande come, em média, apenas 500 a 700 gramas por dia. É o que precisa, visto que gasta pouca energia com seu estilo de vida tranqüilo — ora se aquecendo ao sol, ora flutuando na água — e goza de um bom sistema digestivo. Um grande crocodilo-poroso pode, ocasionalmente, atacar humanos imprudentes. Nada balançando a cauda de um lado para o outro com o corpo submerso, exceto as narinas e os olhos. Em terra, locomove-se usando as patas curtas. Pula para pegar alimento e, às vezes, até galopa atrás da presa. Tem faro, visão e audição aguçados, assim como outros crocodilos. Tanto o macho como a fêmea podem se tornar muito agressivos: o macho na época do acasalamento, defendendo seu território contra invasores; a fêmea, quando protege os ovos.

Já sorriu para um crocodilo?

DO REDATOR DE DESPERTAI! NA ÍNDIA

JÁ LHE ocorreu a idéia de sorrir para um crocodilo? Na versão musical da história infantil Peter Pan, o personagem Capitão Gancho diz: “Nunca sorria para um crocodilo!”, e explica por quê. É que o crocodilo estará “imaginando você dentro da barriga dele”!

Há uma grande variedade de crocodilos, mas apenas alguns atacam o homem. “Isso é tão esporádico . . . que, em geral, os crocodilos não podem ser classificados como predadores de humanos.” (Encyclopædia Britannica) Alguns os encaram como criaturas feias e assustadoras. Outros os acham fascinantes. Vamos analisar três espécies nativas da Índia — o crocodilo-poroso, o crocodilo-dos-pântanos e o gavial.

Outros Modos de Enfrentar o Inverno

Se puder, ir para o sul talvez seja a forma ideal de combater o frio, mas, para as criaturas que não podem voar, isso está quase que inteiramente fora de cogitação. Assim, uma maneira comum de enfrentar os problemas hibernais é estocar reservas alimentares. O esquilo-vermelho aprecia comer cogumelos e, assim, estoca-os em quantidade durante o verão. Primeiro, porém, seca os cogumelos por colocá-los nos ramos mais altos das árvores. Daí, estoca-os num lugar seco, prontos para consumo no inverno.

Colocar um casaco especial de inverno é modo comum de muitas criaturas sobreviverem ao frio. Deixam crescer casacos pesados, especialmente equipados com uma camada de pelo fino e macio junto à pele.

Muito antes de o homem começar a fabricar casacos com forro arejado, o veado já tirava proveito do espaço de ar estagnado — o calor passando muito lentamente pelo ar parado. Assim, com a aproximação do outono, o veado se despoja de seu casaco fresco de verão e produz o casaco de inverno, cada pelo do qual é oco. Coberto deste casaco insulante de ar, o veado não precisa de mais nada, mesmo nos piores dias, senão o de encontrar proteção nos bosques profundos entre os pinheiros e abetos.

Mas, ao passo que o veado pode ficar preso na neve profunda, o coelho de raquete de neve não se preocupa com a profundidade do monte de neve. Por que acontece isto? Bem, com a aproximação do inverno, novos pelos brancos crescem em abundância nas patas do coelho. Quando a neve chega a cobrir o solo, as patas do coelho já se transformaram em amplas e macias raquetes leves para levá-lo através dos mais profundos montes de neve sem afundar.

Meses atrás, no hemisfério setentrional, incontáveis espécies de animais enfrentaram o frio e os ventos hibernais. Talvez dormissem num covil ou por baixo da neve ou saltitavam pelos campos. São deveras surpreendentes os modos de agir da vida selvagem no inverno!

Indo Para o Sul

Assim como alguns humanos se dirigem para os climas meridionais com a aproximação do inverno, assim também muitas criaturas selvagens, em especial as aves, o fazem. Com efeito, cerca de dois terços de todas as espécies de aves dos Estados Unidos e Canadá setentrionais (cerca de doze a quinze bilhões de aves) voam para o sul, para os estados meridionais, para o México e a América Central e do Sul, para passarem o inverno. Naturalmente, as aves não viajam para o sul apenas para afastar-se do frio; precisam viajar para um clima mais quente a fim de ter uma vida digna. No verão, lá no norte, vivem de sementes, frutinhas silvestres e insetos. Mas, no inverno, não só ficam escassas tais guloseimas como também diminuem as horas de luz do dia em que podem procurar qualquer alimento disponível.

A viagem para o sul, para muitas aves, é longa. Por exemplo, com a aproximação do inverno, as cegonhas-brancas da Europa viajam até à África do Sul. E, o que é estranho, as cegonhas jovens, que jamais foram antes para tão longe de casa, viajam primeiro, sem que uma ave mais velha lhes mostre o caminho. A viagem anual de ida e volta do Sr. e da Sra. Cegonha-Branca e família cobrem cerca de 22.500 quilômetros! Na verdade, como a Bíblia Sagrada diz sobre o instinto dado por Deus que a cegonha possui: “A cegonha no céu conhece o tempo de emigrar.” (Jer. 8:7, Nova Bíblia Inglesa) Os modos maravilhosos de a vida selvagem agir no inverno são deveras um crédito para o Criador de todas estas criaturas.

Considere também este fato: Muitos dos viajantes plumíferos em direção ao sul voam virtualmente sobre a água, apenas, fazendo longos vôos sem parada. Uma subespécie de tarambola-dourada vive na tundra do Alasca durante o verão. No outono, essa ave viaja 4.800 quilômetros por sobre o Oceano Pacífico até o Havaí! Como se o Havaí não bastasse como viagem, esta ave continua indo para o sul por outros 4.000 quilômetros até as Marquesas. Não é infreqüente que viaje outros 800 quilômetros mais até as pequenas ilhotas do Pacífico Sul do Arquipélago de Tuamotu.

Cochilos do Urso




Comparada com a das marmotas, dos esquilos terrestres, das cobras, das rãs, e assim por diante, a hibernação de muitos ursos é apenas uma série de cochilos. Isto se dá porque o cochilo dos ursos no inverno talvez seja perturbado, visto que a temperatura de seu corpo permanece alta e sua respiração continua na taxa normal. Não sendo considerados verdadeiros hibernadores, os ursos podem ser facilmente acordados de seu cochilo. Alguns até acordam por si mesmos no inverno e rondam à procura de presas por algumas horas ou dias.

Naturalmente, os ursos que cochilam preferem não ser perturbados por ninguém, nem mesmo por ondas temporãs de calor. Os cientistas que estudaram os ursos-cinzentos no Parque Nacional de Yellowstone verificaram que preferem covis onde não é provável que sejam perturbados; alguns covis se localizavam nas paredes do canyon. Todos os covis se situavam nas encostas que davam para o norte, de modo que as breves ondas de calor não aquecessem o covil e acordassem o ocupante. Os covis eram acolhedoramente alinhados com excelentes isolantes feitos de raminhos de pinheiro e de abetos. Mas, exatamente quando os ursos-cinzentos entravam em seus covis para o cochilo de inverno?

Por um período de anos, os cientistas descobriram que os ursos-cinzentos não entravam em seus covis preparados para o cochilo senão depois de uma nevasca, uma que cobrisse rapidamente suas pegadas ao entrarem em seus covis. Em questão de horas, a neve que soprava, levada pelo vento, cobria as marcas das suas patas, e então quem saberia que um urso pardo cochilava em sua cama?

A Hibernação




Para muitas criaturas, o melhor modo de lidar com o inverno é passá-lo dormindo, todo ele ou pelo menos parte dele. Assim, quando chega o inverno e os humanos se ocupam em patinar no gelo sobre um charco, não vêem nenhuma rã por ali. Isto se dá porque as rãs, como várias outras criaturas de sangue frio, foram dormir durante o inverno. As rãs encontram uma boa cama para si na lama não congelada no fundo de seu charco favorito. Mas, antes de fazerem isso, comem bastante, de modo que, uma vez comecem a dormir, não sintam nenhuma necessidade de preocupar-se com suas refeições.

As cobras, nos climas setentrionais, também encontram um bom lugar para tirar uma soneca quando chega o inverno. Procuram troncos ocos ou uma cama debaixo dum cepo. Uma caverna ou covil nas rochas também constitui excelente lugar de repouso. Certas cavernas quase se tornam um hotel para as cobras. Nas montanhas de Pensilvânia, EUA, encontrou-se um covil que alojava quase 200 cascavéis e trigonocéfalos.

Comendo bem antes de chegar o inverno, as cobras vivem de sua gordura durante seu cochilo hibernal. Ao ir decorrendo o inverno, naturalmente, consomem sua gordura. Assim, em fins de inverno, um naturalista certa vez viu cortadores de lenha acordarem enorme cascavel em sua pousada sob enorme lenho. Durante seu sono, a cascavel tinha usado tanto de sua gordura que, como disse o naturalista, a pele da cobra “estava quase que tão solta como se estivesse dependurada dos lados dum elefante”.

Há também várias criaturas de sangue quente que cochilam durante o inverno. Tome, por exemplo, a marmota monax (ou marmota-do-canadá). A Sra. Monax cava um abrigo e assegura sua privatividade por selar sua câmara de dormir com terra retirada dos fundos do abrigo. Daí, enrola-se como uma bola e dorme, às vezes até seis meses! Os naturalistas conseguiram tirar algumas monax que cochilavam e verificaram que estes hibernadores só respiravam cerca de doze vezes por hora. A pulsação deles talvez caia de sua taxa normal de cerca de oitenta ou noventa batidas por minuto para cerca de cinco ou menos. E a temperatura do animal talvez caia para cerca de 4,4° C. Uma vez adormecida, a Sra. Monax torna-se insensível ao som ou tato. Poderá rolá-la pelo chão, por exemplo, sem acordá-la. As monax não sabem o que é insônia!

Este sono profundo parece tornar os hibernadores imunes a muitos perigos. Por exemplo, colocou-se debaixo d’água por mais de vinte vezes, sem que se afogasse, um porco-espinho que cochilava. E os cientistas colocaram uma marmota adormecida num vaso à prova de ar, cheio de bióxido de carbono. Notável foi que comprovaram que este hibernador não sofreu nenhum dano depois de quatro horas. Tão profunda é a hibernagem de tais criaturas que o despertar é um processo lento que exige prolongada exposição ao calor. Talvez o recorde de hibernação de todos os tempos tenha sido registrado por um filhote fêmea de esquilo que dormiu 33 semanas do ano! Apenas dezenove semanas de atividade, e então de volta para o sono de novo!

Como a vida selvagem age no inverno

O INVERNO apresenta um problema para ascendentes números das criaturas selvagens da terra nos climas setentrionais. Elas solvem o problema de muitos modos diferentes. Por exemplo, a neve evidentemente é mais amiga do que inimiga de muitas destas criaturas selvagens, visto ser excelente insulante. ‘Deixe vir a neve’, é sua toada.

E assim, quando a nevasca incomoda a raposa branca, ela simplesmente se mete bem fundo num monte de neve. Encolhida, com a cauda peluda cobrindo o nariz, a raposa branca então dorme até passar a nevasca. Quando ventos cortantes perturbam o tapiti, este talvez construa na neve um nicho parecido a uma gruta, deixando que o vento acumule a neve levada por ele em torno de si. O calor do próprio corpo do tapiti aquece a gruta, e a neve o protege do vento.

Condições acolhedoras e bem agasalhadas são o que grande número de pequenos roedores encontram sob a neve. As temperaturas hibernais na superfície do solo raramente caem abaixo de 6,7° C abaixo de zero, mesmo no Alasca ou na Sibéria, onde a temperatura do ar talvez caia a 45,6° C abaixo de zero. Fabricando ninhos e passagens de saída debaixo da neve, alegremente prosseguem em seus negócios, achando que a neve os protege, não só das temperaturas gélidas lá em cima, mas também de muitos de seus usuais predadores.

Algumas aves, também, tiram proveito da neve. A ptármiga, uma ave ártica, freqüentemente mergulha num monte de neve para dormir à noite.

Salvos pela cobra

Duas famílias no povoado de Sastur, na Índia, têm motivos de ser gratas à naja. Foram acordadas por volta das 3h50 da madrugada, em 30 de setembro de 1993, pelo silvo de uma naja que rastejava para fora da casa. Eles foram atrás dela nos campos para matá-la. Às 4 horas da madrugada, o terrível terremoto ocorrido na Índia central arrasou o povoado, matando quase todos os seus habitantes. As duas famílias sobreviveram — graças ao sistema de alarme da naja!

Reservas de cobras são instrutivas




As reservas de cobras estimulam o interesse nos répteis. Patrocinam pesquisas, dão orientações sobre prevenção e tratamento da picada de cobras e se empenham para proteger as cobras da ganância e da ignorância do homem. As najas são mortas por causa da sua linda pele, que é usada na fabricação de cintos, bolsas, sapatos e outros artigos de luxo. Num único ano, mais de dez milhões de najas foram mortas na Índia para a indústria do comércio de peles. As najas são mortas, e logo em seguida a pele é arrancada. Utilizam-se na Índia corantes vegetais para tingir a pele, que é polida e às vezes envernizada para que fique brilhante e impermeável.

Nunca é demais falar do valor da naja. Matando ratos e outras pragas, ela salva toneladas de cereais. Seu veneno é usado na fabricação de soros antiofídicos, analgésicos e outros medicamentos. O Tata Memorial Cancer Institute, em Bombaim, está estudando o efeito do veneno da naja em células cancerígenas.

Gostou de conhecer a naja? Linda, útil, cautelosa, bem equipada para defender-se. Quando a conhecemos melhor, passamos a ter apreço por esse membro muito difamado do reino animal.

O encantador de serpentes




O encantamento de serpentes é uma forma muito antiga de entretenimento. Apesar de ser praticada sobretudo no Oriente, alguns circos ocidentais a incorporaram em seu repertório. A naja-de-óculos, por ter um capelo fora do comum e ser irritadiça, é a cobra mais usada para isso, mas outras cobras de aspecto impressionante, como a naja-real e a Eryx johnii também são utilizadas. Enquanto o encantador, um artista habilidoso, toca sua flauta, a naja ergue-se de dentro do cesto e dilata o capelo, deixando-o na posição normal de defesa. Os movimentos que o encantador de serpentes faz são acompanhados pela cobra, enquanto ela mantém os olhos nele, sempre pronta para atacar. A maior parte das najas usadas pelos encantadores sofre a extração das presas, mas alguns deles arriscam-se, trabalhando com cobras venenosas.

Na Índia antiga, o encantador de serpentes itinerante também era narrador de idéias e mitos religiosos, o que o tornava popular. Hoje é mais lucrativo fazer apresentações do lado de fora dos hotéis freqüentados por turistas que tiram foto de tudo. Alguns encantadores de serpentes visitam pessoas que têm jardins muito grandes em casa para dizer-lhes que ali provavelmente há cobras. Por um preço, eles se oferecem para capturá-las. Eles desaparecem no jardim e, depois de algum tempo, durante o qual se ouve o som de sua flauta, ele volta com um cesto cheio de cobras. Naturalmente seria bom se o dono da casa acompanhasse o encantador ou pelo menos verificasse se ele já não trazia um cesto de cobras!

A picada de cobra




Nas regiões rurais da África e da Ásia, os casos de picada de cobra em geral não são relatados, mas parece que no mundo todo cerca de um milhão de pessoas são picadas todo ano por cobras venenosas. A Índia detém o recorde de acidentes fatais, em torno de 10.000 por ano, a maioria dos quais talvez causada pela naja-de-óculos. Cerca de 10% das picadas de naja são fatais.

A naja é mais lenta do que muitas cobras; o mangusto, um dos seus principais inimigos, é capaz de superá-la em agilidade. Pulando sobre a naja e vez após vez livrando-se do bote, o mangusto a deixa esgotada e hesitante. Ele ataca por trás do capelo e quebra o pescoço da naja. Muitas cobras ficam enroladas para atacar, o que dificulta saber qual é o alcance do bote, mas a naja ergue o corpo e ataca esticada. Por ser possível calcular a distância, a pessoa pode sair do alcance do movimento relativamente lento.

Algumas najas, como as najas-cuspideiras, a naja-de-pescoço-negro da África do Sul e outras no nordeste da Índia, defendem-se cuspindo. Erguendo-se e apontando as presas para a vítima, elas podem esguichar, sob pressão, dois finos jatos de veneno à distância de mais de dois metros. Se o veneno cai na pele, não há nenhum perigo, mas, se entra nos olhos, pode causar cegueira temporária; se os olhos não forem lavados imediatamente, a cegueira é permanente. É estranho, mas parece que essas najas conseguem apontar para os olhos.

Suponha que uma naja o pique. O que deverá fazer? As glândulas produtoras de veneno, situadas ao longo do maxilar superior, o ejetam através de duas presas, que são curtas, ocas e fixas, e ficam na frente das mandíbulas. As presas perfuram a pele e injetam o veneno, assim como uma seringa hipodérmica. O único remédio garantido para curar picada de naja é o soro antiofídico preparado com o veneno de quatro cobras venenosas. No começo do século 20, a Índia foi o primeiro país a usar soro antiofídico em ampla escala. O soro antiofídico em pó tem validade de cinco anos sem refrigeração; quando reconstituído, torna-se injetável.

Os sintomas de envenenamento por picada de naja são dor e inchaço localizados, visão embaçada, enfraquecimento das pernas, paralisia da laringe e respiração difícil. A morte ocorre em cerca de duas horas, caso uma grande dose de veneno seja injetada e não se administre nenhum tratamento.

Gostaria de conhecer uma naja?




Do correspondente de Despertai! na Índia

GOSTARIA mesmo? A maioria dos adultos diria que não. Mas não uma criança. Medo de cobra, incluindo a naja, não é característica instintiva nem nas crianças nem nos animais. A aversão a cobras é causada por informações em que não se pode confiar, histórias exageradas, mitos e conceitos errôneos.

É claro que, quando o convidamos para conhecer uma naja, é a uma distância segura! As najas são altamente venenosas. Não iríamos querer nos aproximar de uma e estender a mão para acariciá-la. E não é provável que a naja ficasse esperando para nos receber; seria só ela perceber nossa aproximação para bater em retirada às pressas para um lugar seguro. Por isso vamos nos contentar em conhecer a naja só aprendendo alguns fatos fascinantes sobre essa interessante criatura.

As najas são répteis da subordem das serpentes e da família dos elapídeos, nome dado às cobras venenosas que têm presas sulcadas. Existem cerca de 12 espécies de naja, desde a Austrália, passando pelos trópicos da Ásia e da África, até a Arábia e as zonas temperadas. De longe, a mais temível das najas é a naja-real, ou hamadríade. Ela é a maior cobra venenosa do mundo, com três a cinco metros de comprimento. Prefere a densa vegetação da selva ou dos pântanos, onde a precipitação pluvial é alta, e é encontrada no sul da China, nas Filipinas, na Indonésia, na Malásia, em Myanmar e em certas regiões da Índia. A cauda preta retinta, faixas coloridas no corpo amarelo-esverdeado, mas que fica verde-oliva com a idade, e grupos de pintinhas no capelo lhe dão um aspecto muito bonito.

Outras espécies de naja variam de um a dois metros de comprimento. Nativa da Índia, e muito comum lá, é a naja-de-óculos, cujo desenho singular no capelo lembra um par de óculos. Ela pode ser preta, marrom-escura ou branco-amarelada, com uma ampla faixa escura na altura do pescoço e faixas pontilhadas de branco e amarelo em toda a extensão do corpo. A Naja naja kaouthia, encontrada tanto no Sri Lanka quanto no leste e no nordeste da Índia, tem cores mais suaves, e o capelo é menor e mais arredondado, com um único círculo branco. No noroeste da Índia e no Paquistão, existe uma naja de intensa coloração negra. Entre outras, a África tem a Hemachatus hemachatus (uma naja-cuspideira) e a naja egípcia. É possível que esta última, uma cobra de capelo escuro e estreito, tenha sido a áspide que causou a morte da Rainha Cleópatra.

As cobras só acasalam com membros de sua espécie, sendo atraídas por um característico odor de almíscar. A naja mostra mais interesse na família do que as outras cobras; o macho e a fêmea muitas vezes permanecem juntos. A fêmea da naja-real é uma das poucas cobras que se sabe que faz um ninho. Ela faz um monte de folhas de uns 30 centímetros de altura e ali põe de 20 a 50 ovos. Em seguida ela enrola o corpo em torno do ninho e fica ali, sem comer, pelos quase dois meses de incubação; em geral o macho também fica por perto. Outras najas não fazem ninho, mas ficam por perto dos ovos para protegê-los.

Os filhotes usam o dente de ovo, que mais tarde cai, para romper a casca e libertar-se. Ao saírem, são totalmente independentes, dotados de glândulas de veneno e presas plenamente formadas. A cobra projeta a língua várias vezes para fora da boca, agitando-a para captar partículas químicas do ambiente e depois transportá-las para o que se chama de órgão de Jacobson, no céu da boca. Esse órgão está relacionado com o olfato; a combinação de sabor e cheiro ajuda a cobra a localizar presas, encontrar um parceiro para acasalamento ou escapar de predadores.

O filhote cresce rápido e em pouco tempo muda de pele, porque a antiga fica apertada demais. Esse fenômeno incomum é repetido a intervalos regulares, já que a naja continua crescendo por toda a vida, que pode durar mais de 20 anos. Por uma ou duas semanas antes da muda, a cobra fica letárgica, com a pele fosca e os olhos azuis embaciados. Subitamente os olhos recobram o brilho de antes, e a cobra, esfregando a cabeça numa rocha, parte a pele velha na altura da boca. Em seguida, literalmente arrasta-se para fora da pele, deixando-a virada do avesso, da parte transparente que recobria os olhos até a cauda. Agora uma cobra cheia de vida, brilhante e com aparência de novinha em folha está pronta para prosseguir com suas atividades normais.

A temperatura ambiente afeta muito as najas. Quando esfria, elas ficam mais lentas e chegam a hibernar, movendo-se apenas quando a temperatura sobe. Calor demais pode matá-las. As najas, com exceção da naja-real, que se alimenta de outras cobras, comem ratos, camundongos, rãs, lagartos, aves e outros animais pequenos. A presa, depois de capturada, é imobilizada pela inoculação do veneno e ingerida inteira, porque a naja não mastiga. A elasticidade da pele e flexibilidade do maxilar lhe permitem engolir animais duas ou três vezes maiores do que sua cabeça. Para respirar, enquanto a boca está totalmente obstruída pela vítima, a cobra desloca a entrada da traquéia para a frente, para além da obstrução. É como o que o snorkel faz pelo nadador. Os dentes, em fileiras e voltados para trás, vão empurrando a presa para dentro do corpo da cobra, que se retira para um lugar sossegado para digerir lentamente o alimento, talvez ficando sem comer de novo por vários dias. A naja pode ficar meses sem se alimentar, utilizando a reserva de gordura de seu corpo.

As cobras são cautelosas. (Veja Mateus 10:16.) A defesa da naja é fugir, talvez rastejando para debaixo de uma rocha ou para dentro da toca abandonada por um rato, ou imobilizar-se para não ser notada. Num confronto, ela se empina e dilata o capelo, sibilando para amedrontar o inimigo, mas só pica como último recurso.

Reputação Imerecida




Parece que, na maior parte, as cobras têm uma reputação imerecida. O herpetólogo (estudioso dos répteis) Sam Telford se acha entre os que crêem nisto. Afirma: “Têm uma reputação que não merecem; só porque algumas são perigosas, todas foram difamadas.”

Realmente, as cobras servem para finalidades úteis, conforme indica Telford. São importantes no controle dos ratos, camundongos e outros roedores que se multiplicam em taxas rápidas e podem causar grandes danos às colheitas. Portanto, muitos agricultores consideram a cobra como sua amiga, como colaboradora em seus esforços agrícolas.

Mas as cobras servem ao homem de maneira bem diferente, também. Willie K. Friar, escrevendo no Panama Canal Review, de fevereiro de 1970, comenta: “A jibóia, que alguns se referem como um ‘bom naco de carne’, é parte regular do cardápio servido aos estudantes da Escola de Sobrevivência Tropical da Força Aérea na Zona do Canal.”

Embora algumas cobras sejam perigosas e certamente devem ser tratadas com respeito, a maioria é útil ao homem. São amigas, não inimigas.

Grau de Perigo

Visto que estas grandes cobras geralmente preferem presas menores, o perigo para os humanos é mínimo. Assim, o maior perigo para o homem vem das cobras venenosas. Mas, só uma pequena percentagem das quase 3.000 espécies conhecidas de cobras do mundo é venenosa. Calcula-se que apenas cerca de oito de cada cem representam perigo para o homem.

Certo escritor observou recentemente que ‘a probabilidade de ser mordido por uma cobra no Panamá é quase a mesma de ser atingido por um raio’. Também comenta, porém, que ‘é melhor não brincar com cobras, visto que são os manipuladores de cobras que mais sofrem picadas de cobra’.

As cobras mais perigosas no Panamá são as venenosas caiçaca, sucuri e cobra-coral e, em grau menor, a urutu e outras do gênero Bothrops. Também, a serpente marinha do Pacífico, cujo veneno é considerado cinqüenta vezes mais venenoso do que qualquer cobra terrestre, pode ser perigosa para os banhistas ao longo da costa do Pacífico.

Mas, caso tentasse fazer isso, poderia uma cobra terrestre perseguidora apanhar um homem? Provavelmente não. A maior velocidade que a maioria das cobras podem atingir é apenas uns treze quilômetros por hora, mais vagaroso do que uma pessoa pode correr, e poucas cobras podem correr nessa velocidade. Uma notável exceção é a veloz naja hannah. Todavia, ao se locomover, mantém a cabeça suspensa do chão, mas tem de baixá-la horizontalmente para dar voltas. Assim, um homem, por ziguezaguear, pode fugir dela num local aberto. Há relatos de pessoas que escaparam deste tipo de naja por simplesmente fazer tais manobras!

A verdade é que as cobras em geral são bastante ariscas, e sairão do caminho de um homem, dada a oportunidade. Esta preferência de serem cautelosas se dá até mesmo com as variedades venenosas, inclusive a naja, na maioria dos casos. As cobras não ficam à espreita para atacar humanos. Portanto, se a pessoa for cuidadosa quando estiver no jardim ou perto de árvores ou arbustos, as probabilidades de ser picada são muito pequenas. É também bom em alguns lugares estar alerta em volta da garagem ou da casa, porque as cobras venenosas invadem estas áreas também.

Estórias de Cobra




É bem óbvio que alguns tipos de cobras podem ser perigosos. A venenosíssima naja, por exemplo, segundo é relatado, é responsável por umas 10.000 mortes por ano só na Índia. Durante o acasalamento, a naja pode ser agressiva, e há estórias de terem perseguido humanos numa caçada de vida ou morte.

O pitão é outra cobra famosa, cuja própria menção já causa medo em certas pessoas. Pode ser tremenda em tamanho. Um pitão asiático chegou a medir dez metros de comprimento! O pitão mata por constringir ou espremer sua presa até sufocá-la. Mas, há poucos relatos autenticados de tais cobras atacaram e devorarem humanos. Em certo caso, porém, um rapazote de quatorze anos nas Índias Orientais foi pego e devorado por um pitão. Alguns dias depois, a grande cobra foi capturada e morta, recuperando-se o corpo do rapaz.

A maior cobra viva é a sucuri sul-americana, que também mata suas vítimas por esmagá-las. Tem havido estórias do Brasil, desde tempos remotos, sobre o grande tamanho e a grande força da sucuri. Há alguns anos, um fotógrafo no Brasil distribuiu um cartão postal de uma sucuri gigantesca, supostamente de 40 metros. E em 1948 uma reportagem jornalística falava de uma cobra de uns 48 metros de comprimento que foi morta por um destacamento do exército brasileiro. Têm as cobras realmente tal comprimento? As afirmações não foram comprovadas. Há relatos fidedignos, porém, de sucuris de onze metros, que são deveras grandes! A jibóia, que se encontra no Panamá, pode atingir um comprimento de quase cinco metros, estando logo abaixo da sucuri e do pitão em tamanho.

Cobras — amigas ou inimigas?




Do correspondente de “Despertai” no Panamá

AQUI no Panamá encontramos ampla variedade de cobras. Ela mais de 125 tipos diferentes, mas destes apenas vinte e um são venenosos. E as variedades não-venenosas são muito mais populosas do que as venenosas. Vários missionários das testemunhas de Jeová tiveram encontros interessantes com elas. Um deles, que vive numa cidade do interior do país, relata:

“Certo dia encontramos a muda de pele de uma jibóia em nossa casa. Ficamos bastante perturbados. Quando mais tarde encontramos a dona da pele, ficamos ainda mais perturbados. Pois compreendemos que evidentemente havia estado na casa já por algum tempo, alimentando-se de insetos que habitam nosso telhado, sem mesmo nos deixar saber que estava por perto.”

Outro missionário conta: “Notei por diversas noites sucessivas que havia algo nas molas de minha cama. Podia sentir e ouvir movimentos brandos durante a noite, mas não podia ver nada. Visto que dormia sob um mosquiteiro, sentia-me bem seguro contra camundongos ou até ratos, mas imagine meu horror quando decidi investigar e descobri uma venenosa cobra-coral vivendo entre as molas!”

Sim, uma reação comum ao se encontrar uma cobra é a de terror. Reage assim? Tem justificativa para isso? São as cobras realmente inimigos perigosos dos humanos? Ou servem para fins úteis?

Existência em Perigo

Os tapires têm sido caçados pelo homem em busca de alimento, não raro à noite, quando os animais são mais ativos. Às vezes se espalha sal, a fim de atrair esse animal. Depois de lamber o sal, o tapir se dirige para a mais próxima corrente de água. Para torná-lo um alvo fácil, os caçadores focalizam uma luz em seus olhos, cegando-o temporariamente.
A carne, que não contém muita gordura, é muitas vezes assada, e diz-se que é saborosa. O couro forte e duro também é valioso; é usado para chicotes, laços e bridas. Às vezes, alguns índios brasileiros mantêm os tapires como bichos de estimação.
Devido a que o homem têm caçado tapires para alimento e como esporte, e tem especialmente reduzido seu habitat florestal, eles se tornaram raros em muitas áreas onde, outrora, eram abundantes. Assim, o tapir-de-montanha, o tapir-setentrional e o tapir-malaio acham-se atualmente incluídos entre as espécies em perigo de extinção.
Embora a probabilidade de você ver um tapir no ambiente silvestre tenha sido consideravelmente reduzida, por que não faz esforço de ver um deles da próxima vez em que for visitar um jardim zoológico?

Conheça o tapi

Do correspondente de Despertai! no Brasil
É BEM provável que não conheça o tapir, ou anta, pois este animal manso só pode ser encontrado em regiões isoladas da América Central e do Sul, e na parte sul da Ásia. O tapir tem cerca do tamanho duma mula, mas, visto possuir pernas curtas, parece-se mais com um porco. Os filhotes têm sido descritos por um zoólogo como sendo parecidos a “melões listrados, dotados de pernas”.
Os tapires variam de 1,80 a 2,40 metros de comprimento, e de uns 80 a pouco mais de 90 centímetros de altura, e pesam de 230 a 290 quilos. Seus corpos fortes têm um pescoço grosso e rabo curto. Os olhos são pequenos e sua visão é deficiente. O focinho se encolhe para formar uma tromba curta e móvel, bem utilizada quando os tapires mordiscam folhagens em busca de alimento. “Dentre todos os animais grandes do mundo”, diz The International Wildlife Encyclopedia (Enciclopédia Internacional da Vida Silvestre), “eles são, provavelmente, os mais completamente indefesos”.
Normalmente, esse animal tímido permanece nas partes mais espessas da floresta, evitando assim os inimigos em potencial, tais como o jaguar (onça-pintada) ou o tigre. Quando uma onça-pintada se lança sobre um tapir, diz-se que o tapir corre imediatamente para o matagal fechado. A onça-pintada fica, assim, afastada pelo mato espesso. Graças à sua pele grossa, que sara rapidamente, o tapir, em geral, não fica gravemente ferido.
Os tapires sempre vivem perto dum rio ou dum lago, e grande parte de seu tempo é gasto nadando e refestelando-se na água, bem como chafurdando-se na lama. Isto os refresca do calor e os protege dos insetos irritantes que são comuns nos trópicos. Apesar de seu corpo pesado, eles podem, quando necessário, correr rápido. Seu forte corpo compacto, de pescoço curto, é perfeitamente adaptado ao seu meio ambiente, permitindo-lhes penetrar com facilidade na espessa vegetação.
Na América do Sul encontram-se três espécies de tapires — o tapir-setentrional, o tapir-amazônico e o tapir-de-montanha, ao passo que o tapir-malaio tem seu lar no sudoeste da Ásia. Fósseis encontrados na Europa, na China e nos Estados Unidos confirmam que já houve época em que existiam tapires em todo o mundo.
Os tapires não são, em geral, animais muito gregários. Vivem sozinhos ou em pares, e só raramente se podem ver mais de três deles juntos, exceto em zoológicos. Mesmo ali, prestam pouquíssima atenção uns aos outros. São vegetarianos, alimentando-se com exclusividade de plantas terrestres rasteiras ou de vegetação aquática. Têm especial apreço por sal, e viajam longa distância para alcançar um poço de sal. Estes animais mormente noturnos podem chegar a viver até 30 anos.
Os tapires parecem procriar em qualquer época, e os filhotes únicos nascem depois de cerca de 13 meses de gestação. Os tapires jovens possuem uma camada de pêlos castanho-avermelhados cujas manchas e listras longitudinais, amarelas e brancas, fornecem excelente camuflagem na luz difusa das florestas tropicais. Esta coloração geralmente desaparece antes do fim do primeiro ano; depois disso, o tapir-malaio é preto, com ampla faixa branca ao redor dos flancos, enquanto que os tapires sul-americanos são cinza-escuros ou marrons.

A Datação dos Dinossauros



Encontram-se regularmente ossos de dinossauros em camadas da Terra inferiores às de ossos humanos, levando muitos a concluir que eles pertencem a um período anterior. Os geólogos chamam a este tempo de era mesozóica e a subdividem nos períodos cretáceo, jurássico e triássico. Os esquemas de tempo usados para tais períodos acham-se na ordem de dezenas de milhões de anos. Mas, será que isto foi confirmado por qualquer grau de certeza?
Um método utilizado para medir a idade dos fósseis é chamado de datação pelo radiocarbono. Este sistema de datação mede a taxa de decomposição do carbono radioativo a partir do momento da morte do organismo. “Uma vez um organismo morra, ele não mais absorve novo bióxido de carbono de seu meio ambiente, e a proporção do isótopo se reduz com o tempo, à medida que ele sofre decomposição radioativa”, declara a obra Science and Technology Illustrated (Ciência e Tecnologia Ilustrada).
No entanto, esse sistema apresenta graves problemas. Primeiro, quando o fóssil é considerado como tendo cerca de 50.000 anos, seu nível de radioatividade já se reduziu tanto que há grandes dificuldades em detectá-lo. Em segundo lugar, mesmo em espécimes mais recentes, este nível já se reduziu tanto que ainda é extremamente difícil medi-lo com exatidão. Em terceiro lugar, os cientistas conseguem medir a taxa atual de formação do carbono radioativo, mas não dispõem de meios de medir as concentrações de carbono no passado distante.
Assim, quer utilizem o método do radiocarbono para datar os fósseis, quer usem outros métodos, tais como o do potássio, urânio ou tório radioativos para datação das rochas, os cientistas não conseguem estabelecer os níveis originais desses elementos através das eras. Destarte, o professor de metalurgia Melvin A. Cook comenta: “A pessoa pode apenas adivinhar tais concentrações [de materiais radioativos], e os resultados sobre sua idade, assim obtidos, não podem ser melhores do que tal adivinhação.” Isso se dá especialmente quando consideramos que o Dilúvio dos dias de Noé, há mais de 4.300 anos, provocou enormes mudanças na atmosfera e na Terra.
Os geólogos Charles Officer e Charles Drake, da Faculdade Dartmouth, ampliam as dúvidas quanto à exatidão da datação radioativa. Declaram eles: “Concluímos que o irídio e outros elementos associados não foram depositados instantaneamente. . . mas, em vez disso, que houve um intenso e variável influxo destes elementos constituintes durante um intervalo de tempo geológico relativamente curto, da ordem de 10.000 a 100.000 anos.” Eles argumentam que a separação e o deslocamento dos continentes perturbou o globo todo, provocando erupções vulcânicas, bloqueando a luz solar e conspurcando a atmosfera. Por certo, tais eventos perturbadores poderiam alterar os níveis de radioatividade, distorcendo assim os resultados dos modernos relógios radioativos.

Teoria da Extinção Súbita

Uma teoria mais recente foi proposta por uma dupla de pai e filho, Luis e Walter Alvarez. Walter Alvarez descobriu, nos arrabaldes da cidade de Gubbio, na Itália central, uma curiosa e fina camada vermelha de argila, no meio de duas camadas de calcário na formação rochosa. A camada inferior de calcário apresentava uma abundância de fósseis. A camada superior era quase que inteiramente desprovida de fósseis, levando os geólogos a concluir que a vida havia subitamente desaparecido e que a camada fina e vermelha de argila tinha alguma relação com tal extinção.
A análise revelou que a argila era rica em irídio (um metal), sendo 30 vezes mais rica do que a concentração normalmente encontrada nas rochas. Eles sabiam que tais altas concentrações deste elemento raro só poderiam provir do núcleo da Terra ou de fontes externas à Terra. Concluíram que o irídio foi depositado por enorme asteróide que atingiu a Terra, provocando a súbita extinção dos dinossauros.
Depois da descoberta da argila enriquecida de irídio em Gubbio, encontraram-se depósitos similares em outras partes do mundo. Corroborava isto a hipótese do asteróide? Alguns cientistas permanecem cépticos. Mas, como reconhece o livro The Riddle of the Dinosaur, a hipótese Alvarez acrescentou “fermento fresco ao estudo da extinção e da evolução”. E o paleontólogo Stephen Jay Gould admite que ela poderia diminuir “a importância da competição entre as espécies”.
Admite um redator de assuntos científicos, ao comentar esta nova teoria e a aparentemente súbita extinção dos dinossauros: “Eles  poderiam abalar os alicerces da biologia evolucionista e pôr em dúvida o atual conceito da seleção natural.”
O cientista David Jablonski, da Universidade do Arizona, EUA, conclui que ‘para muitas plantas e animais, a extinção foi abrupta e um tanto especial. As extinções em massa não são meramente os efeitos cumulativos de mortandades graduais. Aconteceu algo incomum’. Sua chegada também se deu de forma abrupta. A revista Scientific American comenta: “O súbito aparecimento de ambas as subordens dos pterossauros sem quaisquer antecedentes óbvios é bem típico dos fósseis.” Isso também acontece com os dinossauros. Seu aparecimento e desaparecimento relativamente súbitos contradiz o conceito comumente aceito de evolução lenta.

O que aconteceu com os dinossauros?

“PALEONTOLOGIA é o estudo dos fósseis, e os fósseis são os restos de vida nas eras passadas.” Mas, como disse um paleontólogo, é “uma ciência altamente especulativa e opiniática”. Isto é evidente no que tange aos dinossauros. Alistando algumas especulações quanto ao que aconteceu com eles, o cientista G. L. Jepson, da Universidade de Princeton, declarou:
“Autores, de variada competência, sugerem que os dinossauros desapareceram porque o clima se deteriorou. . . ou que a dieta se deteriorou. . . . Outros escritores puseram a culpa em doenças, parasitos, . . . mudanças na pressão ou na composição da atmosfera, gases venenosos, pó vulcânico, oxigênio em excesso proveniente das plantas, meteoritos, cometas, esgotamento do pool genético por pequenos mamíferos comedores de ovos, . . .  radiação cósmica, mudança dos pólos gravitacionais da Terra, enchentes, deriva continental, . . . drenagem dos meios ambientes pantanosos e lacustres, manchas solares.” — The Riddle of the Dinosaur (O Enigma do Dinossauro).
É evidente, à base de tais especulações, que os cientistas não conseguem, com qualquer grau de certeza, responder à pergunta: O que aconteceu com os dinossauros?

O sistema de navegação da borboleta

▪ Embora tenha um cérebro mais ou menos do tamanho da ponta de uma caneta esferográfica, a borboleta-monarca percorre uma distância de até 3 mil quilômetros ao migrar do Canadá para um pequeno trecho de floresta no México. Como esse inseto chega ao seu destino sem se perder?
Analise o seguinte: As borboletas-monarcas usam o Sol como bússola. Mas isso não é o suficiente, pois elas precisam fazer ajustes em seu trajeto para compensar o movimento do Sol. Elas fazem isso por meio de um relógio interno de alta precisão, chamado relógio circadiano — uma função biológica baseada num dia de 24 horas. De acordo com o Dr. Steven Reppert, neurobiologista, as borboletas-monarcas “usam o relógio circadiano de uma forma bem diferente da de outros insetos e animais já estudados”.
Aprender mais sobre os segredos do relógio interno das borboletas-monarcas pode ajudar os cientistas a entender melhor o relógio circadiano dos humanos e dos animais. Pode também levar a novos tratamentos de distúrbios neurológicos. “Quero entender como o cérebro assimila informações sobre tempo e espaço”, diz o Dr. Reppert, “e a borboleta-monarca é um exemplo espetacular disso”.
O que você acha? O complexo sistema de navegação da borboleta-monarca surgiu por acaso? Ou é evidência de um Projetista inteligente?